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Aparecida | SP

Segundo dia do Sínodo para a Amazônia: a plenitude da lei é o amor

Papa durante o Sínodo/ Foto: Vatican Media

O segundo dia da Assembleia Especial do Sínodo dos Bispos para a Amazônia começou nesta terça-feira, 8, na presença do Papa Francisco, com a oração da Hora Média. A reflexão foi proposta pelo arcebispo de Belém do Pará, Dom Alberto Taveira.

Recordando que o Salmo do dia reconhece que a plenitude da lei é o amor, Dom Alberto Taveira afirmou: “Somos convidados a proclamar que a Palavra do Senhor é mais doce do que o mel silvestre abundante em nossas terras, e afirmamos a certeza de que da lei de Deus recebemos a inteligência necessária para os trabalhos a serem empreendidos, comprometendo-nos a rejeitar todos os caminhos da mentira” (cf.Sl 118(119).

“De forma gratuita, vindo a convite da bondade de Deus, cruzamos as portas para entrar nesta casa convocados para o compromisso exclusivo com o Senhor e sua Palavra de Vida e Salvação. Em nós também o Povo de Deus na Grande Amazônia adentra por estas portas”, continuou Dom Alberto.

O arcebispo de Belém destacou aos padres sinodais que todos trazem a  responsabilidade descrita na ‘Gaudium et Spes’: “As alegrias e as esperanças, as tristezas e as angústias dos homens de hoje, sobretudo dos pobres e de todos aqueles que sofrem, são também as alegrias e as esperanças, as tristezas e as angústias dos discípulos de Cristo; e não há realidade alguma verdadeiramente humana que não encontre eco no seu coração. Porque a sua comunidade é formada por homens que, reunidos em Cristo, são guiados pelo Espírito Santo na sua peregrinação em demanda do reino do Pai, e receberam a mensagem da salvação para comunicá-la a todos”.

Por este motivo, Dom Alberto afirmou que a Igreja sente-se real e intimamente ligada ao gênero humano e à sua história (GS 1). “Não podemos defraudar estas esperanças!”, frisou. Para os padres sinodais, de acordo com o arcebispo de Belém, participar da Assembleia Sinodal significa o exercício da autoridade e a dignidade para responder aos anseios do povo por seus direitos, já que, pastores escolhidos pela misericórdia de Deus, são guardiões do bem e sentinelas da verdade.

Vivendo num mundo pluralista e diversificado, chamados a conviver com tantas diferenças e respeitá-las, Dom Alberto afirmou que o clero deseja tomar posse de valores cujas bandeiras pertencem ao Senhor e a ele cabe defraudá-las com vigor. De fato, o Senhor ama a justiça e odeia a iniquidade, e de modo especial quem recebeu a unção para o ministério episcopal há de revestir-se dela, exortou o arcebispo de Belém.

“Ressoe em nossos ouvidos , em nossos corações o clamor de oprimidos, migrantes, órfãos e viúvas e o sangue de tantos inocentes derramado durante a nossa história, dos quais os bispos são chamados a ser defensores, como nos foi pedido no Rito de Ordenação”.

Neste segundo dia de trabalhos do Sínodo para a Região Amazônica alguns participantes têm a oportunidade de se manifestar sobre a realidade local. Cada interessado em usar a palavra tem 4 minutos para defender o seu ponto de vista, depois de 4 manifestações tem uma pausa para meditação.