Quais foram os milagres de Nossa Senhora Aparecida?
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O Papa visitou hoje a ‘Chiesa del Gesù’, em Roma, um local simbólico para os membros da Companhia de Jesus que guarda o corpo de Santo Inácio de Loiola, fundador dos jesuítas, apelando à transformação do mundo.
“Uma fé autêntica implica sempre um profundo desejo de mudar o mundo. Eis a pergunta que temos de colocar-nos: temos também nós grandes visões e dinamismo? Somos audazes? O nosso sonho voa alto?”, questionou, na homilia da missa a que presidiu esta manhã, no dia em que o calendário litúrgico assinala a festa do ‘Santíssimo Nome de Jesus’.
Francisco alertou para a mediocridade que leva a contentar-se como “programações apostólicas de laboratório” na ação da Igreja.
“Penso na tentação, que podemos ter hoje e que muitos têm, de ligar o anúncio do Evangelho a bastonadas inquisitórias, condenatórias. Não, o Evangelho anuncia-se com doçura, com fraternidade, com amor”, assinalou.
Francisco, primeiro Papa jesuíta, frisou que a força da Igreja “não está em si própria ou na sua capacidade organizativa, mas esconde-se nas águas profundas de Deus”.
“Estas águas agitam os nossos desejos e os desejos alargam o coração”, prosseguiu.
A celebração teve um caráter de “ação de graças” pela canonização de Pedro Fabro (1506-1546), sacerdote da Companhia de Jesus (jesuítas) e um dos primeiros companheiros de Santo Inácio.
O Papa apresentou-se como jesuíta, disposto, como todos os membros do instituto religioso, a “esvaziar-se a si mesmo”.
“Nós, jesuítas, queremos ser distinguidos pelo nome de Jesus, militar sob a bandeira da sua Cruz, e isso significa ter os mesmos sentimentos de Cristo”, precisou.
Segundo o Papa, ser jesuíta “significa ser uma pessoa do pensamento incompleto, do pensamento aberto, porque pensa sempre olhando para o horizonte que é a glória de Deus, cada vez maior, que surpreende sem cessar”.
“É preciso procurar Deus para o encontrar e encontra-lo uma e outra vez: só esta inquietação dá paz ao coração de um jesuíta, uma inquietação também apostólica”, acrescentou.
A homilia de Francisco deixou várias referências a São Pedro Fabro, “homem de grandes desejos”, que apresentou como “um espírito inquieto”.
“Estava completamente centrado em Deus e por isso podia ir, em espírito de obediência, muitas vezes a pé, a qualquer lugar da Europa, para dialogar com todos, com doçura, e anunciar o Evangelho”, recordou.
O Vaticano anunciou no último dia 18 de dezembro que o Papa Francisco decidiu estender a toda a Igreja Católica o culto litúrgico em honra a Pedro Fabro, através da chamada ‘canonização equipolente’, “inscrevendo-o no Catálogo dos Santos”.
“Só se estivermos centrados em Deus é possível ir às periferias do mundo. E Fabro viajou sem cessar, também nas fronteiras geográficas”, frisou.
A missa foi concelebrada pelo cardeal Angelo Amato, prefeito da Congregação para as Causas dos Santos (Santa Sé), o cardeal Agostino Vallini, vigário do Papa para a Diocese de Roma, e D. Yves Boivineau, bispo de Annecy (França), onde nasceu São Pedro Fabro, com a participação de cerca de 350 jesuítas.
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