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Papa Bento XVI destacou aos dirigentes e agentes da Polícia de Segurança Pública de Roma, que professar a fé e realizar o bem são exigências dos tempos atuais.
“Com todas as suas novas esperanças e possibilidades, o nosso mundo é atravessado pela impressão de que se tenha diluído o consenso moral e que, portanto, já não consigam funcionar plenamente as estruturas que estão na base da convivência”, disse o Papa.
O Santo Padre afirmou que surge, em muitos, a tentação de pensar que as forças mobilizadas em defesa da sociedade civil estão destinadas ao insucesso. Perante esta tentação os cristãos, de modo particular, têm a responsabilidade de voltar a assumir uma nova determinação no professar a fé e no realizar o bem, permanecendo próximos dos homens, nas suas alegrias e sofrimentos, nas horas felizes como também nos momentos sombrios da existência terrena.
Neste discurso aos agentes policiais que cuidam da segurança do Papa nas suas deslocações dentro da cidade de Roma, assim como de todos os cidadãos, nas imediações do Vaticano e na Praça de São Pedro, Bento XVI insistiu na importância da consciência.
“No pensamento moderno desenvolveu-se uma visão redutiva da consciência, segunda a qual não há referências objetivas no determinar o que vale e o que é verdadeiro, mas é antes cada indivíduo, com as suas intuições e experiências, a ser o metro de medida. Como se cada um possuísse a própria verdade, uma sua moral”, observou.
Bento XVI, dirigindo-se aos agentes da Polícia de Roma, concluiu ressaltando a singular vocação da cidade de Roma que exige atualmente deles, funcionários do Estado, servirem de bom exemplo na interação positiva e profícua entre sã laicidade e fé cristã.
“A eficácia do vosso serviço resulta da combinação entre profissionalismo e qualidade humana, entre a atualização dos meios e dos sistemas de segurança e a bagagem de dotes humanos como a paciência, a perseverança no bem, o sacrifício e a disponibilidade à escuta”, finalizou.