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Aparecida | SP

Angelus: Papa confia a São José todos os pastores da Igreja

“Desejo confiar a São José, padroeiro universal da Igreja, todos os pastores, exortando-os a oferecer aos fiéis cristãos e ao mundo todo, a humilde e cotidiana proposta das palavras e dos gestos de Cristo”.

Com essas palavras, Bento XVI encerrou, a breve meditação para cerca de 30 mil fiéis reunidos na Praça São Pedro para a habitual oração do Angelus neste 4º Domingo do Advento.

No Evangelho, recordou o Papa, São Mateus narra como ocorreu o nascimento de Jesus, a partir da perspectiva de São José.

“Ele era o noivo de Maria, que, “antes de coabitarem, aconteceu que ela concebeu por obra do Espírito Santo” (Mt 1:18). O Filho de Deus, realizando uma antiga profecia (Isaías 7:14), tornou-se homem no ventre de uma virgem, e tal mistério manifesta junto o amor, a sabedoria e o poder de Deus em favor da humanidade ferida pelo pecado”.

São José é apresentado como um “homem justo” (Mt 1:19), fiel à lei de Deus, disposto a fazer sua vontade. Por isso entra no mistério da Encarnação.

“Abandonada a idéia de repudiar em segredo Maria, ele a tomou consigo, porque agora os seus olhos vêem n’ela a obra de Deus”.

Apesar de ter ficado perturbado, José age como ordenara o anjo do Senhor, certo de fazer a coisa justa. Também colocando o nome de “Jesus” n’Aquele Menino que sustenta todo o universo, ele se coloca na fileira dos servos humildes e fiéis, semelhante aos anjos e profetas, semelhante aos mártires e aos apóstolos – como cantam antigos hinos orientais.

Bento XVI citou ainda as palavras de Santo Ambrósio, que comenta que “em José se identifica a amabilidade e a figura dos justos, para tornar mais digna a sua qualidade de testemunha. Ele não poderia contaminar o templo do Espírito Santo, a Mãe do Senhor, o ventre fecundado pelo mistério”.

São José anuncia as maravilhas do Senhor, testemunhando a virgindade de Maria, a ação gratuita de Deus, e custodiando a vida terrena do Messias.

“Então, nós veneramos o pai legal de Jesus, porque nele se pode vislumbrar o homem novo, que olha para o futuro com confiança e coragem, não segue o seu próprio projeto, mas se entrega totalmente à infinita misericórdia Daquele que torna realidade as profecias, e abre o tempo da salvação”.

O papa conclui suas palavras invocando a Virgem Maria, cheia de graça “repleta de Deus”, para que, no Natal que se aproxima, os nosso olhos se abram e vejam Jesus, e o coração se alegre neste admirável encontro de amor.

Antes de se despedir dos fiéis e peregrinos reunidos na Praça São Pedro falando em várias línguas, o Papa Bento XVI rezou a oração mariana do Ângelus e concedeu a todos a sua Benção Apostólica. (SP)