Quais foram os milagres de Nossa Senhora Aparecida?
Os milagres de Nossa Senhora Aparecida são conhecidos no mundo todo e fortalecem a fé de milhões de pessoas. Afinal,...
O terceiro dia da 14ª Assembleia Extraordinária do Sínodo dos Bispos iniciou com missa, celebrada pelo papa Francisco, na Casa Santa Marta. Pela manhã, houve a terceira Congregação Geral. À tarde, os bispos se reúnem nos círculos menores, conforme o idioma, com a proposta de elaborar o texto da primeira parte das reflexões.
Em entrevista à Rádio Vaticano, o arcebispo de São Paulo (SP), cardeal Odilo Pedro Scherer, recordou as palavras do papa Francisco, no primeiro dia dos trabalhos.
“O papa deu orientações muito importantes para o Sínodo. Disse que não era um parlamento nem um parlatório, onde se deve chegar a um compromisso para acertar as ideias ou, então, que um partido vence o outro. Disse que o único partido ali é o Espírito Santo, portanto todos devemos estar atentos ao Espírito Santo e não se trata de fazer com que vença uma maioria, mas vença a verdade”, comentou dom Odilo.
Ainda, segundo ele, após exposição do relatório geral pelo cardeal Erdö, os padres sinodais puderam fazer intervenções individuais de três minutos. “Muitos falaram sobre a primeira parte do Instrumento, a problemática da família, retomando em síntese a Assembleia do ano passado. No fim da tarde, houve as intervenções livres, também breves, mas sobre temas diversos”, explica o cardeal Odilo.
Realidade do matrimônio
O arcebispo de Brasília (DF) e presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), dom Sergio da Rocha, um dos padres sinodais, disse que o episcopado brasileiro leva a realidade do matrimônio e família vividas no país, além de experiências pastorais positivas.
“Trazemos para a assembleia sinodal aquilo que têm sido as alegrias e as dores das nossas famílias e também vão surgindo já indicações de ordem pastoral. A experiência que temos no campo da pastoral familiar, do movimento de casais, o serviço pastoral familiar é bastante rico, precioso e aqui no Sínodo, com certeza, nós poderemos considerar isso em vários momentos. Estamos ainda na fase das apresentações que cada bispo vai fazendo, mas já começa a aparecer a nossa realidade brasileira”, disse dom Sergio.
Como presidente-delegado do Sínodo, o arcebispo de Aparecida (SP), cardeal Raymundo Damasceno Assis, acredita que a Assembleia trará importantes respostas aos desafios apresentados sobre a família. “Esperamos continuar aprofundando os desafios, mas procurando dar uma resposta. Primeiro, analisando esses desafios à luz da palavra de Deus, portanto procurando descobrir a missão da família. Depois, procurar mostrar também o caminho da família no mundo de hoje, que é de ser missionária, uma pequena Igreja doméstica, uma Igreja que não se fecha em si mesma, mas que se abre para evangelizar outras famílias, levar a Boa Nova do Evangelho a outras pessoas”, disse o cardeal.
Esperança e conforto
“O Sínodo se coloca diante de um leque que vai se abrindo cada vez mais para compreendermos a complexidade do momento atual em que a família se encontra. A Assembleia não se prende a esta ou aquela questão, se coloca diante de um leque que vai se abrindo cada vez mais para compreendermos a complexidade do momento atual em que a família se encontra. E é neste contexto que a Igreja busca trazer uma palavra de esperança, de conforto e de iluminação e é o que estamos buscando com muita intensidade”, comenta o arcebispo de Mariana (MG), dom Geraldo Lyrio Rocha.
Também presente no Sínodo, o arcebispo de Manaus (AM), dom Sérgio Castriani, nomeado pelo papa Francisco para esta Assembleia sinodal, diz que os bispos brasileiros trazem a alegria do Evangelho, a partir das experiências vividas: “A alegria da evangelização, uma pastoral familiar muito forte no Brasil. A família tem sido uma preocupação há muitos anos na Igreja. Temos a Comissão para a Vida e a Família da CNBB e a Pastoral Familiar que se organizam em todo o país. Na Amazônia, de onde eu venho, temos uma Pastoral Familiar muito ativa”.
Por outro lado, o bispo pontua que também existem os desafios em relação às famílias brasileiras. “A família hoje enfrenta os desafios do mundo contemporâneo, que é toda a primeira parte do Sínodo, as questões econômicas, da internet, as transformações da sociedade, da juventude. Trazemos o grande desejo de que a família recupere o seu lugar e a certeza de que é importante”.