Quais foram os milagres de Nossa Senhora Aparecida?
Os milagres de Nossa Senhora Aparecida são conhecidos no mundo todo e fortalecem a fé de milhões de pessoas. Afinal,...
A arquidiocese de Belém recebe nos próximos dias 28 a 30 de agosto os bispos de toda a Amazônia Brasileira. Organizado pela Comissão Episcopal Especial para a Amazônia (CEA), com apoio da Rede Eclesial Pan-Amazônica (REPAM-Brasil), a proposta do encontro, que será realizado no Centro de Espiritualidade Monte Tabor, da Arquidiocese de Belém, é o estudo do Documento de Trabalho do Sínodo, bem como partilha das experiências das escutas e da caminhada do processo sinodal nas dioceses e prelazias da Amazônia.
O arcebispo de Belo Horizonte (MG) e presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), dom Walmor Oliveira de Azevedo, participa do encontro. Sobre o Documento de Trabalho do Sínodo, que será objeto da reflexão dos bispos, dom Walmor ressaltou que há uma leitura antropológica muito pertinente rumo à perspectiva da ecologia integral. O presidente da CNBB reforçou que o maior desafio, ainda nesta fase de preparação, é reforçar a leitura teológica uma vez que a tarefa principal da Igreja é a evangelização e o anúncio de Jesus Cristo.
“Enfrentaremos estes desafios e o faremos do melhor modo possível para que o Sínodo, atividade que está em profunda sintonia com o coração do papa Francisco, represente uma grande contribuição para a Amazônia, para a Igreja no Brasil e no mundo”, disse.
Na abertura do evento, na manhã desta quarta-feira, dom Walmor afirmou que a Conferência deve acompanhar a partir de agora o caminho sinodal com uma programação e um planejamento de comunicação para “abrir mais o coração da nossa própria Igreja e também da sociedade civil, pois a importância do que se trata, do que aborda, daquilo que nós queremos e esperamos, precisa repercutir muito no coração da nossa Igreja e também no coração da sociedade”. Para dom Walmor, a intenção da Igreja não é apenas realizar um evento, “mas dar passos novos”, o que incentiva a entidade a se envolver nas ações que superem ou tratam de forma adequada os vários ruídos que se têm apresentado em relação ao Sínodo, bem como das incompreensões. O desejo é que haja “uma repercussão muito boa e importante de tudo aquilo que se trata e se tratará durante o Sínodo e daquilo que virá na exortação pós-sinodal”.
Dom Walmor ainda reforçou a importância deste sínodo para a Igreja: “O Sínodo da Amazônia, buscando novos caminhos para a Igreja e para uma ecologia integral, toca tudo o que a Igreja precisa para sair da inércia, ilumina todos os pontos onde existem sombras e dará a possibilidade de um impulso novo”.
O Presidente da CNBB ainda refletiu sobre a questão de que a evangelização da Amazônia em debate no Sínodo não está relacionada a apenas um aspecto: “Um Sínodo da Amazônia, já no seu instrumento de trabalho e naquilo que poderemos verificar, mostra o global da Amazônia. Refiro-me, por exemplo, evangelização tem a ver com saúde, evangelização tem a ver com uma nova ordem social e política, evangelização tem a ver com espiritualidade profunda. E o Sínodo da Amazônia, de um modo muito singular e qualificado nos dá essa oportunidade”.
Cardeal Claudio Hummes, relator geral do Sínodo. Foto: Leonardo Monteiro, regional Norte 2.
Coordenado pelo cardeal Cláudio Hummes, presidente da CEA e da REPAM, e relator do Sínodo para a Amazônia, o encontro contará com a participação de todos os bispos titulares e auxiliares das 56 dioceses e prelazias da Amazônia Brasileira. Participam, também, leigas, leigos e religiosos, lideranças dos 6 regionais da CNBB que compõem a região, para contribuir com as vozes das realidades e na interlocução com os bispos.
Dom David Martinez de Aguirre Guiné, bispo de Puerto Maldonado, no Peru, e Padre Michael Czerny, subsecretário da Seção Migrantes e Refugiados para o Serviço de Desenvolvimento Integral Humano, nomeados secretários do Sínodo para a Amazônia, estarão presentes no encontro de estudo. Além deles, Cristiane Murray, da secretaria do Sínodo e vice-diretora da Sala de Imprensa da Santa Sé, também participará. Alfredo Ferro, de Letícia, na Colômbia, da equipe de assessores da REPAM internacional e assessores da REPAM-Brasil auxiliam na realização do encontro. Essa é a última atividade antes do Sínodo, em outubro, que reunirá todos os bispos da Amazônia brasileira, bispos de outros países cujo território encontra-se parte do bioma e bispos do mundo todo.
Sínodo para a Amazônia
O Sínodo para Amazônia é uma resposta do papa Francisco à realidade da Pan-Amazônia. De acordo com Francisco, “o objetivo principal desta convocação é identificar novos caminhos para a evangelização daquela porção do Povo de Deus, especialmente dos indígenas, frequentemente esquecidos e sem perspectivas de um futuro sereno, também por causa da crise da Floresta Amazônica, pulmão de capital importância para nosso planeta. Que os novos Santos intercedam por este evento eclesial para que, no respeito da beleza da Criação, todos os povos da terra louvem a Deus, Senhor do universo, e por Ele iluminados, percorram caminhos de justiça e de paz”. O Sínodo será realizado no Vaticano entre os dias 6 e 27 de outubro deste ano.
Com informações da Repam-Brasil