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Entre 300 e 400 mil pessoas. Essa é a estimativa de público esperada para a visita do Papa Francisco ao Santuário Nacional de Nossa Senhora Aparecida. De acordo com programação divulgada hoje pela Vaticano, o Santo Padre deve desembarcar em Aparecida (SP) no dia 24 de julho, por volta das 9h30 da manhã.
Segundo o cardeal arcebispo de Aparecida e presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), dom Raymundo Damasceno Assis, a comitiva papal deve sair do Rio de Janeiro em dois helicópteros, que pousarão no heliporto do Santuário. Em seguida, o Pontífice deve realizar o trajeto até a Basílica no Papa Móvel, para que possa visto e saudado pelos fiéis.
“Uma missa campal seria o ideal, mas, caso não seja possível, vamos tomar todas as medidas para que as pessoas que ficarem do lado de fora também possam participar.”
Já na Basílica, o Papa fará um breve momento de oração diante da imagem de Nossa Senhora Aparecida e, logo depois, preside a celebração eucarística, que deve começar por volta das 10h30. Em seguida, Fracisco retorna ao Papa Móvel para fazer o percurso pelas ruas de Aparecida até o Seminário Bom Jesus, onde participa de um almoço reservado para convidados e descansa. No final da tarde, um novo passeio pela cidade no veículo papal. Dessa vez, retornando ao heliporto do Santuário, de onde embarca de volta ao Rio de Janeiro. Juntando todos os percursos, o Pontífice deve ficar em torno de 1 hora transitando entre os fiéis no Papa Móvel.
Dom Damasceno revelou que ainda não sabe se a missa presidida pelo Papa será campal, na praça do Santuário, ou no altar central da Basílica. “O Santo Padre pediu que fosse uma celebração mais íntima, com menos pessoas. Nesse caso, teria que ser dentro da Basília, o que limitaria o acesso das pessoas. Sem dúvida, uma missa campal seria o ideal para os romeiros, mas, caso não seja possível, vamos tomar todas as medidas para que as pessoas que ficarem do lado de fora também possam participar através de telões”, explica.
A decisão a respeito do local da celebração só poderá ser tomada após a visita de representantes do Vaticano responsáveis pelo cerimonial e pela segurança do Papa, o que deve acontecer ainda este mês.
“Todos aqueles que vierem terão a oportunidade de ter um encontro com o Papa.”
Segundo o bispo auxiliar de Aparecida, dom Darci José Nicioli, caso a missa não possa ser campal, o Santo Padre deverá ir até a Tribuna Bento XVI para se encontrar com todos os fiéis. “O Santo Padre terá um encontro com os fiéis que vierem aqui. Se não for possível na eucaristia, imaginamos, pelo menos, numa consagração a Nossa Senhora Aparecida, feita da Tribuna Bento XVI, voltada para o grande estacionamento do Santuário. Portanto todos aqueles que vierem terão a oportunidade de ter um encontro com o Papa”, garante.
Para dom Damasceno, por ser latino-americano, o Papa Francisco terá uma palavra apropriada para o continente. “Ele tem no seu coração e na sua memória todas as grandes preocupações da América Latina, que estão todas retratadas no Documento de Aparecida, que hoje tem uma repercussão em toda a Igreja, sendo muito citado nos sínodos, que reúnem bispos do mundo inteiro”, aponta.
“Desejamos que a passagem do Papa deixe marcas de fé, de esperança e de novo ânimo.”
O cardeal ressaltou ainda o fato de que, sediando grandes eventos nos próximos anos, o Brasil será o foco do mundo. “Temos uma responsabilidade muito grande de não só passar uma imagem positiva do Brasil para o mundo, mas também de fazer com que realmente essa imagem corresponda à realidade da nossa vida, construindo uma sociedade com menos violência, mais justiça, melhor distribuição das riquezas do nosso país e mais solidariedade”, adverte.
Para o reitor do Santuário, padre Domingos Sávio, o sentimento de todas as pessoas envolvidas na visita do Papa é um só: a alegria. “Desejamos profundamente que a passagem do Papa por aqui deixe marcas de fé, de esperança, de novo ânimo. Que marque o Brasil e a todos nós, principalmente a juventude, pois e é para isso exatamente que o Santo Padre está vindo para o nosso meio”, afirma.
De acordo com informações passadas pelo próprio cardeal dom Raymundo Damasceno Assis, todos os hotéis da cidade já estão lotados para o período em que o Papa visitará o Brasil.