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Aparecida | SP

Nova sala dedicada a Matisses

Os Museus Vaticanos abriram ao público, nesta quarta-feira, uma nova sala dedicada à única obra de arte sacra do artista francês Henri Matisse (1869-1954): a Capela do Rosário de Vence, que neste ano comemora os 60 anos de sua inauguração.

O diretor dos Museus Vaticanos, Antonio Paolucci, apresentou a Sala Matisse na terça-feira, segundo informou a Rádio Vaticano.

Nela, são expostos os rascunhos preparatórios dos trabalhos de decoração da capela, que o filho menor do pintor doou, há 31 anos, às coleções pontifícias.

A nova sala se encontra perto das Galerias Pontifícias, no centro da seção consagrada ao século XX.

Inclui o cartão preparatório de grande tamanho da cerâmica do presbitério, os das três vidreiras policromadas do abside, do coral e da nave, e uma reprodução em bronze do crucifixo do altar.

Com o tempo, está prevista também a exposição do primeiro tecido das cinco casulas coloridas e a pequena maquete da grande flecha que coroa a capela.

Finalmente, espera-se, para o outono, um livro dedicado à capela (Livraria Editora Vaticana), no qual se publicará a correspondência entre Matisse e sor Jacques-Marie, que, em 1979, doou suas preciosas cartas.

Antiga enfermeira de Henri Matisse, ela entrou no convento das Dominicanas em 1946. Um ano mais tarde, confiou a Matisse seu desejo de que decorasse um oratório do convento.

Matisse concebeu então o projeto de construir integralmente uma capela: trabalhou neste projeto de 1948 a 1951, ano em que a capela foi consagrada.

Infelizmente, ele não pôde assistir à inauguração da sua obra, mas escreveu para esta ocasião: “Não busquei a beleza, busquei a verdade”.

“Apresento-lhes, com toda humildade, a capela do Rosário das dominicanas de Vence – afirmou. Esta obra me exigiu quatro anos de um trabalho exclusivo e permanente. É o resultado de toda a vida ativa. Eu a considero, apesar de todas as suas imperfeições, uma obra-prima.”