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Aparecida | SP

Papa Bento XVI: ‘Tudo passa, mas a Palavra de Deus não muda’

Na oração mariana do Angelus, deste domingo (18), o Papa Bento XVI afirmou aos fiéis que "tudo passa, mas a Palavra de Deus não muda e perante essa cada um de nós é responsável pelo seu comportamento".

Bento XVI começou, como de costume, com a reflexão sobre o Evangelho dominical e explicou a passagem sobre os ‘últimos tempos’.

“Jesus não descreve o fim do mundo, e quando usa imagens apocalípticas, não se comporta como um ‘vidente’”.

“Pelo contrário, Ele quer subtrair os seus discípulos de todos os tempos à curiosidade pelas datas e previsões, fornecendo-lhes isso sim uma chave de leitura profunda, essencial, e, sobretudo indicar a via justa sobre como caminhar, hoje e amanhã, para entrar na vida eterna”, enfatizou Bento XVI.

Essa passagem bíblica sobre o fim do mundo "é provavelmente o texto mais difícil dos Evangelhos” destacou o Papa.

Com essa referência, o Papa analisa que há uma dificuldade em compreender os textos, pois ao falar sobre o futuro, Jesus utiliza imagens e palavras do Antigo Testamento. Mas as figuras querem, sobretudo, inserir “Ele próprio, o mistério da sua pessoa e da sua morte e ressurreição”.

Os textos fazem a ligação entre presente e futuro, mostrando que Jesus é o Messias, é o centro da mensagem da Salvação.

“As antigas palavras dos profetas encontraram finalmente um centro na pessoa do Messias nazareno. É Ele o verdadeiro acontecimento que, nos meios dos abalos e perturbações do mundo, permanece como o ponto firme e estável”.

“O céu e a terra passarão, mas as minhas palavras não passarão”, afirmando que a Palavra de Deus expressa na Bíblia firmou-se sobre Jesus Cristo.

“Esta potência criadora da Palavra divina concentrou-se em Jesus Cristo, Verbo feito carne, e passa também através das suas palavras humanas, que são o verdadeiro firmamento que orienta o pensamento e o caminho do homem sobre a terra”.

Após a reflexão bíblica, o Sumo Pontífice adentrou o ponto chave da sua reflexão ao destacar que “tudo passa, mas a Palavra de Deus não muda e perante essa cada um de nós é responsável pelo seu próprio comportamento”.

Lembrou os desafios que a humanidade vem vivenciando e a necessidade de um “fundamento estável” para combater o relativismo.

“Também nos nossos tempos não faltam calamidades naturais, e infelizmente, não falta também guerras e violências. Hoje em dia temos necessidade de um fundamento estável para nossa vida e para a nossa esperança, por causa do relativismo em que estamos imersos”, disse o Papa.

O Pontífice finalizou a oração, pedindo a bênção de Maria Santíssima a todos os peregrinos e o povo de Deus.

“Que a Virgem Maria nos acolha este centro na Pessoa de Cristo e na sua Palavra”.