Bento XVI apelou a um compromisso renovado para que a humanidade possa finalmente derrotar a hanseníase, neste domingo em que se comemora o Dia Mundial de Combate à Hanseníase.

A comemoração deste dia, oficialmente reconhecido pela ONU, foi ideada na década de 50, por Raoul Follereau (1903-1977), escritor francês, cuja causa de beatificação está começando a ser estudada.

“Embora o número de pacientes esteja diminuindo, a lepra, infelizmente, ainda atinge muitas pessoas em condições de pobreza extrema”, disse o Papa.

Ele assegurou a todos os doentes “uma oração especial”, assim como “aos que os assistem e aos que estão comprometidos, de diferentes maneiras, no combate à hanseníase”. Por fim, cumprimentou a Associação Italiana “Amigos de Raoul Follereau”, que comemora 50 anos de atividade.

Em sua mensagem para este dia, o presidente do Conselho Pontifício para a Pastoral da Saúde, Dom Zygmunt Zimowski, exorta a “unir os nossos esforços para melhor expressar a justiça e o amor às pessoas afetadas por esta doença”.

Segundo o presidente do dicastério vaticano, a hanseníase é um exemplo de como “nós estamos testemunhando em nossos tempos, por um lado, os cuidados à saúde que podem converter-se em um consumismo de medicamentos, material médico-cirúrgico, tornando-se quase um culto do corpo; e, por outro, a dificuldade de milhões de pessoas para ter acesso a condições mínimas de subsistência e a fármacos indispensáveis para curar-se”.