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Aparecida | SP

Santuário abre exposição ‘Irmão Bento’ e comemora 280 anos da Congregação do Santíssimo Redentor

Os Missionários Redentoristas celebraram hoje (09) no Santuário Nacional durante a missa das 9h, no Altar Central, o aniversário de 280 anos da Congregação do Santíssimo Redentor. Na ocasião também foi comemorado os 112 anos de fundação da Editora Santuário.

Presidiu a celebração, o Missionário Redentorista, padre Domingos Sávio da Silva, e concelebram, o Superior da Província de São Paulo, padre Luis Rodrigues Batista, o reitor do Santuário Nacional, padre Darci Nicioli e vários Missionários Redentoristas. Presentes também estavam os funcionários da editora.

Na homilia, padre Domingos Sávio lembrou que neste dia a Igreja de todo o mundo, celebra a dedicação da Basílica de São João Latrão, igreja que é considerada a ‘mãe de todas as igrejas’.

Ao refletir a liturgia do dia, o presidente da celebração frisou que cada pessoa é um ‘templo vivo de Deus’ e que somos convidados aos mesmos gestos solidários de Jesus.

Ao lembrar a comemoração dos 280 anos da congregação redentorista, padre Domingos Sávio, ao aproximar-se da imagem de Santo Afonso que estava no altar rezou pela missão dos religiosos.

“Junto à imagem de Santo Afonso, estamos agradecendo a Deus os 280 anos da Congregação do Santíssimo Redentor. Vamos pedir a Deus, que nós enquanto congregação (…) levemos em frente essa semente, plantada por Santo Afonso Maria de Ligório”.

Inauguração da Exposição ‘Irmão Bento – Artista do Santuário Nacional’

Aproveitando a celebração do aniversário da congregação o Santuário Nacional abriu nesta sexta-feira (09) a Exposição ‘Irmão Bento – Artista do Santuário Nacional’ no subsolo.

A exposição é uma homenagem ao Missionário Redentorista, o alemão José Hiebl, conhecido como Irmão Bento, que viveu de 1837 a 1912.

A cerimônia de inauguração foi conduzida pelo superior províncial, padre Luis Rodrigues Batista, representando a Comissão para o Patrimônio Histórico da Província de São Paulo, o padre Vitor Hugo S. Lapenda e o reitor do Santuário, padre Darci Nicioli.

Para a congregação, o resgate das obras do religioso é uma resposta ao seu rico trabalho artístico que expressa a religiosidade popular, disse o superior provincial.

“A importância é sua forma de comunicar, de evangelizar, de catequizar com esse dom artístico, de escultor e pintor. Isso tudo é muito forte para nós, sobretudo, quando estamos comemorando o centenário de sua partida, e deixou para nós tanta coisa bonita que é motivo pra gente recuperar, pra gente meditar a partir da sua obra, da sua expressão”.

Padre Vitor Hugo que colaborou na realização da exposição manifestou sua imensa alegria ao concluir a instalação com êxito. No ritual de bênção, destacou que o artista ao vir para o Brasil já em idade avançada para um lugar muito distante de sua terra natal, a Alemanha, buscou evangelizar com suas obras.

“Já com 60 anos de idade, chamado para essa missão de evangelizar com suas obras de arte, ele trouxe para o Brasil um novo espírito para a arte sacra brasileira”.

Sobre a sua colaboração como sacerdote na missão no Santuário Nacional, padre Vitor Hugo comenta que Irmão Bento veio para alimentar a piedade cristã.

“Enquanto alguns missionários ajudavam nos sacramentos, ele na sua oficina sozinho estava produzindo essas pinturas, essas esculturas para colocar na igreja, para alimentar a piedade popular. Tornava visível aquilo que a palavra dos missionários buscava animar na população: a vivência da fé e da piedade cristã”.

O trabalho de captação das obras do religioso, que ficaram por muito tempo esquecidas e perdidas, começou na década de 70 no Seminário Santo Afonso, com a abertura de uma galeria que procurou recolher as obras. 

A abertura da exposição com as obras do artista está entre as atividades da celebração do ‘Ano Centenário de Irmão Bento’. O centenário teve sua data destaque na última segunda-feira (05), dia em que o religioso faleceu. As comemorações serão finalizadas com o encerramento da exposição em janeiro de 2013.

Artista sacro especializado em pinturas e esculturas, Irmão Bento morou durante treze anos em Aparecida (SP) e desse período deixou várias obras que se encontram distribuídas em vários Estados brasileiros.

O seu patrimônio cultural e religioso contribuiu com a cultura religiosa e as devoções típicas do povo brasileiro, especialmente, com o perfil da história da arte sacra no alvorecer do século XX.