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Aparecida | SP

Virgem de Guadalupe, Padroeira das Américas, uma mãe que consola seus filhos

‘Padroeira de toda a América’, Nossa Senhora de Guadalupe, que tem sua festa litúrgica celebrada pela Igreja Católica nesta quarta-feira (12), é uma data especial para todo o povo das Américas, e especialmente, o povo mexicano, que celebra a festa de sua padroeira. 

O papa João Paulo II, durante viagem ao México em 1979 consagrou a América Latina a Nossa Senhora de Guadalupe, por isso, ela também é considerada a ‘Padroeira da América Latina’.

A aparição que aconteceu em 1531 a um indígena, é fortemente vivenciada pelos devotos que depositam na Mãe mestiça e de rosto moreno, a sua esperança e fé.

A professora, Cristina Gianesini, devota da Virgem de Guadalupe lembra que a devoção a santa aconteceu quando conheceu a história da aparição e o milagre do manto em um curso.   

“A devoção a Nossa Senhora é o que nos torna especiais aos olhos de Deus. Quem ama Nossa Senhora sempre está pertinho de Deus. A minha devoção a Senhora de Guadalupe nasceu quando conheci sua história, em um curso com o padre Quevedo, e, por saber que sua imagem não foi feita por mãos humanas e sua aparição aconteceu para consolar seus filhos”.

Alguns anos depois, a professora teve a oportunidade de ir ao México e visitar o Santuário de Nossa Senhora de Guadalupe.

“Foi uma experiência indescritível, uma explosão de emoção. Para mim não era uma imagem, era a própria Virgem que carinhosamente me acolhia como mãe que conhece todas as necessidades e aflições de seus filhos, um por um. Sinto-a sempre junto a mim, meus amigos e meus familiares”, lembra Cristina.

A imagem de Nossa Senhora de Guadalupe estampada no manto do índio que foi canonizado santo, São Juan Diego, é um desafio para a ciência, porque não apresenta sinais de deteriorização mesmo depois de 481 anos. 

A simbologia presente no milagroso manto de Nossa Senhora de Guadalupe, exalta a Mãe de Jesus.

Entre os símbolos se destacam o rosto jovem, moreno e mestiço e em atitude de profunda oração.

Os cabelos soltos, que para os astecas simboliza a pureza virginal.

As mãos recolhidas em oração. Um detalhe é que uma é mais branca do que a outra, o que pode significar a união das raças.

Um pequeno broche, no pescoço, como é tradicional nas estátuas dos deuses, símbolo que significa beleza e riqueza para os índios.

Localizado acima do ventre, um cinto negro, símbolo asteca de maternidade, apresenta Nossa Senhora grávida de Jesus.

Sua túnica de cor avermelhada, identifica-se com o entardecer, que é a cor de ‘Tonatiuh’ e ‘Yestlaquenqui’, nomes do deus sol. Nele há uma pequena flor de quatro pétalas e um outro botão semi-aberto, que lembra o monte Tepeyac, onde era comum o florescimentos de flores silvestres.  A flor de quatro pétalas, chamada ‘Nahui Ollin’, na antiga cultura asteca, representa a presença de Deus, centro do espaço e do tempo. Sua posição sobre o ventre, é o principal símbolo da imagem, e confirma ao povo indígena, que Ela é a Mãe de Deus.

A imagem da Virgem pisando sobre a lua crescente, simboliza que Maria está esmagando um deus não verdadeiro.   

A cor azul turquesa do manto, é uma cor sagrada para os ‘nahua’, uma cor utilizada pelos nobres e príncipes, um sinal da realeza.

Sobre o manto, aparecem estrelas brilhantes das principais constelações. O que se vê sobre o manto da Virgem é a reprodução do céu do dia 12 de dezembro, solstício do inverno de 1531. Para os índios, o solstício de inverno era considerado o dia mais importante do calendário religioso.

Raios dourados rodeiam a imagem, que significam que Maria está vestida de sol, grávida da Luz do mundo e do Sol da justiça.

Em todo o manto há a refração da luz nas cores e a luminosidade do rosto, das mãos, da túnica e do manto todo se modificam. O que pode ser percebido nas penas de pássaros e borboletas. Esse efeito não é um efeito que possa ser feito por técnicas humanas. A descoloração que ocorreria normalmente em um tecido de fibra vegetal e frágil como é o do manto continua sendo um desafio para cientistas e estudiosos, o que comprova que a pintura é um milagre que só pode ser compreendido pela ótica divina.