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Aparecida | SP

África: Trabalho da Igreja Católica na luta contra AIDS

“A Igreja Católica na África é a instituição que mais ajuda as vítimas da AIDS e, para homens, mulheres e crianças que têm a doença, a Igreja não é apenas um organismo que presta serviços, mas é uma Mãe” – disse o sacerdote jesuíta Michael Czerny, fundador da Rede dos Jesuítas Africanos contra a AIDS (African Jesuit AIDS Network).

O sacerdote jesuíta fundou essa rede, em 2002, a fim de ajudar os jesuítas na África a enfrentar o problema da AIDS. Agora, Pe. Czerny está, em Roma, trabalhando como assistente do presidente do Pontifício Conselho da Justiça e Paz, Cardeal Peter Kodwo Appiah Turkson, segundo informações da agência de notícias Zenit.

Pe. Czerny trabalhava como secretário de Justiça Social na casa dos jesuítas de Roma e alguns jesuítas da África alertaram sobre a pandemia de AIDS. “Em Roma, trabalhamos durante dois anos com os colegas da África para propor medidas; e essas medidas deveriam incluir uma rede de apoio e comunicação. Assim, foi fundado o African Jesuit AIDS Network, em meados de 2002” – frisou o sacerdote jesuíta.

Segundo Pe. Czerny, a Igreja Católica é a primeira instituição que cuida dos portadores do vírus HIV e sofrem de AIDS, além de cuidar também daqueles que são afetados – especialmente as viúvas, órfãos e outras pessoas que carregam esse fardo. “É muito amplo o leque de tarefas realizadas pela Igreja” – sublinhou.

No âmbito médico, talvez no mundo inteiro, a Igreja ofereça 25% dos serviços às vítimas da AIDS. Segundo o sacerdote, a média na África é de 40% ou 50% da ajuda oferecida pela Igreja. Quanto mais longe se está de grandes cidades, mais perto de 100% a Igreja estará. Muitas vezes, os únicos serviços contra a AIDS em áreas remotas são as clínicas da Igreja.