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Aparecida | SP

“Deus não permite tragédias para punir culpas”, disse o papa Francisco no Angelus

Durante a meditação, convidou os fieis a rezarem pelos refugiados e perseguidos

Na meditação da Oração do Angelus, no domingo, 28, o papa Francisco chamou a atenção para as tragédias e violências que atingem a humanidade. Na ocasião, apresentou reflexão sobre a passagem do Evangelho de Lucas, que relata dois fatos trágicos: a repressão e perseguição por soldados romanos dentro do templo; e o desabamento da torre de Siloé, em Jerusalém, com 18 mortos.

“Cotidianamente, os jornais nos trazem notícias tristes: homicídios, acidentes e catástrofes”, disse o papa, retomando as palavras do Evangelista Lucas. No encontro dominical do Angelus, Francisco explicou aos fiéis, reunidos na Praça São Pedro, o episódio narrado por Lucas: “Jesus sabia que as pessoas interpretavam aquele tipo de evento de modo errado. Pensavam que se os homens morreram de modo tão cruel, isto era um sinal que Deus os havia castigado porque tinham cometido alguma culpa grave e, por isso, mereciam a morte”.

Prosseguindo com a reflexão, o papa comentou que Deus não castiga ou pune as pessoas. “Naturalmente, Deus não permite tragédias para punir culpas. Aquelas pobres vítimas não eram piores do que os outros. Os eventos dolorosos deviam ser uma advertência para todos, porque somos todos pecadores.   Ainda hoje, diante de certas desgraças e acontecimentos tristes, temos por vezes a tentação de descarregar a responsabilidade nas vítimas, mas o Evangelho nos convida a refletir: que ideia temos de Deus?”, questinou.

Ainda no Angelus, Francisco convidou os fiéis para pôr de lado os compromissos com o mal e as hipocrisias e a percorrer com decisão o caminho do Evangelho. “Não julgarmos jamais os outros. A tentação de nos justificarmos, quando acreditamos ser pessoas boas, crentes e suficientemente praticantes. Nunca é tarde demais para se converter. É urgente, é hora!”, pediu Francisco.

Ao final, lembrou o tempo da Quaresma e do Jubileu da Misericórdia como ocasiões para o arrependimento e a salvação.

Prece pelos refugiados

Após a meditação, o papa rezou pelas famílias de refugiados que fogem de guerras e outras situações desumanas. Em particular, enviou mensagem à Grécia e a outros países que enfrentam esse problema. “Eu também quero garantir-vos a minha proximidade ao povo das Ilhas Fiji, duramente atingida por um ciclone devastador. Rezo pelas vítimas e por aqueles envolvidos em operações de socorro”, disse Francisco.

O papa também saudou o grupo que celebrava o “Dia das Doenças Raras”, encorajando os agentes para o trabalho de de ajuda mútua.

CNBB com informações da Sala de Imprensa da Santa Sé/Rádio Vaticano.