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Aparecida | SP

Papa afirma: Quaresma não é tempo de tristeza, mas um dom de Deus!

Nesta Quarta-feira de Cinzas, o Papa Bento XVI celebrou a Missa da imposição das cinzas, na Basílica de Santa Sabina All’Aventino, em Roma. Após percorrer a tradicional procissão penitencial entre a Igrejas de Santo Anselmo e a Basílica de Santa Sabina, o Santo Padre iniciou a celebração que abre o tempo quaresmal em toda a Igreja.

Durante a homilia, o Papa falou que a Quaresma não é um tempo de tristeza, mas um dom precioso de Deus; é um tempo forte repleto de profundos significados no caminho da Igreja, no itinerário da Páscoa do Senhor.

“Hoje, ressoa para nós o apelo: ‘Retorneis a mim com todo o coração’. Hoje somos nós a sermos chamados a converter o nosso coração a Deus, conscientes sempre de não poder realizar a nossa conversão sozinhos, com as nossas próprias forças, porque Deus que nos converte”, enfatizou o Pontífice.

Ao meditar sobre a segunda leitura de hoje – em que diz “Deixai-vos reconciliar com Deus” (2 Cor 5,20) – Bento XVI afirmou que este é o dinamismo do coração contrito, atraído e movido pela graça a responder ao amor misericordioso de Deus que nos chamou primeiro.

O Papa acrescentou ainda que Jesus não pede, neste tempo, um respeito formal a uma lei estranha ao homem, imposta por um legislador severo como um fardo pesado, mas convida a redescobrir as obras de piedade, vivendo-as em modo mais profundo, não por amor próprio, mas por amor a Deus, como meio de entrar no caminho de conversão a Ele.

“Esmola, oração e jejum: é o tratado da pedagogia divina que nos acompanha, não somente na Quaresma, em direção ao encontro com o Senhor ressucitado, mas algo que nos leva a percorrer sem ostentação, na certeza que o Pai celeste sabe ler e ver também o segredo do nosso coração”, explicou também o Santo Padre, ao definir e convidar os cristãos a exercitarem estas práticas de caridade.

Bento XVI encerrou a homilia fazendo um apelo para que todos os fiéis vivam com mais empenho a conversão, intensifiquem a escuta da Palavra de Deus, a oração e a penitência, abrindo, assim, o coração para que seja dócil à acolhida da vontade divina.